Pastoral da Comunicação
Nos dias de
hoje, o gesto de depositar a alguém confiança para desempenhar uma missão nobre
e importante, está cada vez ficando menos fácil. É preciso saber se a pessoa
tem perfil para tal incumbência, se ela gosta desse específico encargo, se é
uma pessoa responsável que saiba “dar conta do recado”, se ela é uma pessoa que
tenha credibilidade junto as pessoas, se tem experiência, se ela é qualificada
para o determinado ofício, dentre outras coisas.
Nesta
quarta-feira, na segunda semana de Páscoa, a liturgia nos mostra que Deus,
assim como nos dias de hoje, confiou a alguém a uma missão muito importante: se
doar ao mundo, para que todo aquele que um dia vir a crer n´Ele não pereça, mas
tenha a certeza de que obterá a vida eterna.
Sim, amados internautas
desse blog, Deus conferiu ao seu Filho Unigênito, Jesus, a missão de salvar o
mundo de todo mal e levar a luz para iluminar o caminho das pessoas. Quando
lemos em João 3,16-21, o que Deus confiou a Cristo, percebemos Ele, seu filho já
nasceu qualificado para a missão.
Jesus,
enquanto alguém acreditado pelo Pai, sempre demonstrava ter um sacerdócio por excelência.
Porque ensina-nos o “caminho das pedras” que nos ajuda a rumar a salvação, a nos
educar que Ele era e sempre será a nossa luz, sempre será a nossa paz, sempre
será o nosso “Caminho, a Verdade e a Vida”.
Ele era o
Messias, ou seja, o ungido por natureza. Jesus, ainda menino, foi levado por seus
por São José e Maria Santíssima, para ser apresentado ao Templo a fim de cumprir
uma tradição originária da Lei de Moises,
onde “todo primogênito do sexo masculino tinha de ser consagrado ao Senhor”. Na
narrativa localizada em Lucas 2,25.34-35, se encontra um homem “muito justo e
piedoso” chamado Simeão. Creditado na passagem como profeta, Simeão após
abençoar José e Maria, disse algo revelador a mãe de Jesus:
“Eis que esse
menino está destinado a ser uma causa de queda e soerguimento para muitos
homens em Israel, e a ser um sinal [claro] que provocará contradições, a fim de
serem revelados muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma”.
De fato, o
profeta Simeão expôs a dimensão do Kenosis, ou seja, desse Deus que se “igualou
a condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas
aniquilou-se a si mesmo, assumindo a sua condição de escravo e assemelhando-se
aos homens. E, sendo reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se
obediente até a morte e morte de cruz” (Fl 2,6-8).
O Filho do
Homem já nasceu qualificado, desde a mais tenra idade, Jesus já entendia que
tinha de fazer a vontade do Pai. Aos 12 anos, na tradicional festa da Páscoa,
após seus pais ficarem aliviados ao tê-lo encontrado, Jesus expressa:
“Porque me procuráveis?
Não sabiam que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” (Lc 2,48-49).
E nós também
devemos nos ocupar das coisas do Pai; podemos ser luz para a sociedade. Basta
querermos e desejarmos conhecer melhor a Igreja e o Jesus eucarístico. Pois
ninguém pode dar aquilo que não tem para oferecer. Então, caríssimos, mãos a
obra, vamos arregaçar as mangas e agir.
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