Bento XVI, eleito em 19/04/05, anuncia renúncia (Foto: CNBB) |
- Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino - escreveu o Papa.
Mesmo declarando que o ministério petrino é essencialmente "espiritual", devendo ser cumprido "não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando", o Papa acentua que o mundo contemporâneo exige do líder da Igreja um vigor de corpo e de ânimo já ausentes.
- (...) no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer de ânimo; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado.
A Igreja presente no mundo inteiro já está em oração pelo conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI.
Acompanhe a repercussão no site da CNBB.
Registramos o comentário de Ronaldo Barros, membro da Pastoral da Crisma da Quase-Paróquia São Vicente, enviado por e-mail:
ResponderExcluirA sua benção padre Giovanni!
Segue minha reflexão sobre a renúncia de nosso Papa Bento XVl.
“Ah se os jovens soubessem e os idosos pudessem!”. Um ditado popular que serve para refletir a decisão do Nosso Papa Bento XVI em renunciar a sua Cátedra de forma humilde e corajosa.
Humilde por reconhecer sua limitação; corajosa, pois desafia os pessimistas de “carteirinha”.
Deus sabiamente equilibra as funções e capacidades do ser humano, mostrando assim que nós somos necessitados uns dos outros. A atitude do Papa justamente no “ano da fé”, no ano da JMJ, neste período que comemoramos cinquenta anos de Vaticano II, faz-nos refletir:
1°-Acreditar que quem verdadeiramente conduz a Barca é Nosso Senhor Jesus Cristo, iluminada pelo Espírito Santo. O Papa é um vigário,um servo,um ser humano com suas limitações.
2° A Igreja necessita do vigor da juventude.
A JMJ é um grande exemplo de que a Igreja valoriza e necessita da presença da juventude. Este momento em que o Santo Papa toma esta decisão é oportuno para que os Bispos que escolherão o futuro Papa levem em consideração.
Vamos todos neste ano da fé, em especial neste período forte do ano litúrgico da Igreja (Quaresma) propício de intensa oração, pedir a Nosso Deus um Papa que continue a comandar a Barca de Cristo com vigor, rumo à Jerusalém Celeste, quem sabe um Papa brasileiro.
Amém
Ronaldo Barros (membro da equipe da crisma)